terça-feira, 1 de setembro de 2009

A danada cheia de desfaçatez

Voltei pra casa pensando sobre ela. Foi um lampejo. E ela logo me apareceu em forma de ideia e pensamento. E logo ela se concretizou. Soube que uma amiga de umas primas havia partido dessa pra melhor (pra melhor?). Antes eu tinha pensado: a hora da morte deve ser gostosa e prazerosa, porque não deve ser o fim, deve ser apenas mais uma etapa da vida. Sim, mas é preciso viver para sentir este prazer. Se não aproveitar os momentos sob o sol escaldante ou sob a chuva torrencial, você não saberá nunca como é esta sensação. Eu não sei. Você não sabe. Só o morto sabe. Pois "quem morre é o último a saber". Ou o primeiro? É nessas horas que penso em marionetes. Quem nos controla? Quem decide se é hoje ou amanhã, ou depois? Estou fazendo cada instante valer à pena. O tempo urge e o relógio me apressa em direção às ações que são estritamente necessárias. Para quê? Por quê? São perguntas que devemos responder ao longo da estrada, sem olhar pra trás, sem pestanejar, transformando o medo em força, e a força em transformação. É preciso mudar sempre. Não quero morrer como vim ao mundo. A menos que seja despido pedindo carona para mim mesmo.

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