segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Mente solidão
Mentes solitárias. Caminhando pelas ruas desse lugar indecifrável vi e vivi momentos tão meus que jamais poderia prever que eles viessem tão desajustados e cruéis como uma navalha na carne do olho. Para lá e para cá, os questionamentos se avolumavam, velozes e vis. A parafernália distinguida logo a frente, ao longe não significava muita coisa. Aquela pessoa viajante e em brisa permanente despertou em mim mais do que compaixão, porque ela estava ali, mas já não pertencia a este mundo. A ressurreição só depende dela. Vai mudar? Vai conseguir? Não sei julgar. Nem posso. Só ela tem as respostas, mesmo que ainda não tenha percebido sua força interior. Espero que haja tempo. As igrejas envolvem multidões e vão espalhando suas redes por cada beco, cada esquina e cada boteco que fica logo ao lado. Vi as luzes da lona do circo brilhando ao longe e novas emoções se remexeram e se inquietaram por aqui. Um suspiro e outro, e mais outro. Logo pegarei no sono. Logo começarei a devanear sobre o que não me arrisco a pensar quando estou de olhos bem abertos. E de repente, não mais que de repente, surge a certeza da felicidade momentânea: os meus espaços, horários, olhares, sensações, visões, sentidos, texturas e meu corpo são todos meus. Meu!
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