A minha bexiga tenta explodir como uma dinamite. Eu odeio me sentir como uma bola no escanteio. Eu realmente lamento quando me sinto usado. Mas não só lamento. Viro as costas e saio andando. Agora me lembro de algumas palavras que ouvi enquanto atravessava aquela passarela mal-iluminada: "Eu tô procurando um bagulho. Eu tô virado no demônio". Você pensa que aquilo me arrepiou? Imagina. Eu preciso de muito mais do que isso. Muito, muito mais. O coração está confuso. E o que sou sem o meu coração? Nada? Nada! Dá vontade de chorar. Mudando o mundo daquele meu irmãozinho ali. Um reconhecimento de uma criança. Mudou a minha vida hoje. Eu tenho certeza que mudei, de alguma forma, sua vida ontem. A pimenta arde. O chicote estrala. A praça está efervescente. Uma enchente. Uma avalanche. Eu quero o discernimento. Não pra dizer o que é, mas pra dizer o que não quero. Olhe no meu olho, sempre. Não olhe para a esquerda. Olhe aqui dentro e me responda: consegue sustentar? Então vem e segura! Quando eu tenho vontade? Quando ela vem? Preciso de um papel logo aqui para escrever, escrever, escrever e escrever mais um pouco. Você não entende. Mas eu preciso registrar tudo isso aqui. Até o último suspiro. Até o último fôlego. Quando será o último? Não sei. Mas suspeito, desde o nascimento, que será logo menos. Rapidamente. Sem dor. Sem estertor. Sem lamentos. Sem velas. Sem você. Coloco a música pra tocar de novo. A mente é o mundo. O mundo é a mente. Reconhece? Então pode soprar lobo mau, porque eu estou aqui de novo. E aí?
E aí?
As reticências pedem para aparecer. Pedem para serem escritas... Querem ir te procurar. Em quem acreditar? Em você mesmo? Será que você pode? São tantas interrogações que as respostas se fecham em si mesmas, sem saber quem são.
Você sabe? Você faz? Você é?
Eu estou. E você?
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