sábado, 15 de agosto de 2009

Não desvie de mim

Minha mãe me fez assim. Meu pai também. Olhos, boca, nariz. Quem sou e para quê sou? Para onde estou indo nessa caminhada veloz? A multidão me envolve. Sinto vontade de escrever nos peixes. Eles estão em polvorosa com as palmas dispensadas. Ridículo. Sou só eu e eu mesmo no ridículo do dia-a-dia. Do inexplicável. Do inesperado. Do nada.

Não faça isso, meu querido. Não desvie o olhar desta forma. É você quem está me ensinando a sustentar o olhar e invadir as almas alheias sem permissão. Não desvie de mim, mesmo quando tomar o teu rumo. Não desvie. Mesmo quando se perder. Não desvie. Não se perca. Não se conforme. Não se submeta. Faça o que tiver de ser feito...

Nenhum comentário: