quarta-feira, 15 de abril de 2009
Adotivos
E já dizia Rachel de Queiroz: "E tem os amigos que são os irmãos adotivos, tão amados uns quanto os outros". A idéia é de uma simplicidade tão latente que chega até a incomodar. É claro que eles são irmãos, são da família. Eles são garimpados involuntariamente aqui e ali, para seguir conosco durante toda a vida, na caminhada insaciável de ser feliz. Eles estão ao nosso lado quando deviam estar. Eles, muitas vezes, são mais irmãos do que os próprios irmãos de sangue. Mas escolher um irmão não é melhor? Escolher uma alma para compartilhar sorrisos e lembranças, sem pedir nada nem cobrar presentes, não é realmente genial e transformador? Pegar em sua mão e chamar para lutar não é um gesto de extrema força? Sem temer o horizonte, foram para a cidadezinha encantada e foram felizes ao pôr-do-sol. Ou ao pôr-da-lua, quem sabe. Ser amigo é não se incomodar com os silêncios que, por ventura, são enlaçados pelos sussurros do vento na manhã fria da cidade grande. Fazer e ter amigos é construir uma família ideal, com todos os problemas e obstáculos, é claro, mas uma família que você sabe que estará ali para funcionar como a base para todas as pragas que rogarem contra você. São escudos chamejantes e tão poderosos quanto o pensamento.
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