A danada da palavra saltou lá do fundo do meu vocabulário e não pude mais controlá-la. Simplesmente tomou impulso e pulou do penhasco para a vida e para o mundo.
Para o mundo, que nunca se cansa de ser possuído por nós e nos possuir, concomitantemente [nossa, que palavra estranha!]. Você já possuiu o mundo? Já se sentiu pertencer a ele? E a si mesmo? A loucura diária transtorna as inquietações flamejantes aqui dentro de mim. A angústia é a base da minha sensibilidade. Eu a idolatro. Eu a venero. Eu a amo. E estou descobrindo e me inventando a cada dia. Será que ainda vou fazer isso quando estiver velhinho?
Falando nisso, outro dia estava caminhando e ouvi o seguinte diálogo:
- Saiu para dar uma caminhada? - disse um velhinho de um lado da rua.
- Sim. Estou andando um pouco, não muito, só um pouco - respondeu o outro do lado oposto da calçada.
- Ah sim. - completou o outro.
Imediatamente um sorriso brotou do meu rosto ao perceber como os pequenos e singelos diálogos podem ser tão enriquecedores. Você não acha? É, você aí que está com esta expressão de incredulidade em relação à vida!
Que tal caminhar um pouco? Não muito, só um pouco?
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