domingo, 5 de abril de 2009

Flocos de nuvens

O avião passou e prosseguiu viagem e o pensamento na minha mente navegou ("Que audácia! Alcançar os céus de forma tão íntima e sincera!"). Alcancei e o persegui com meu olhar limitado, até ele se esconder por trás daquela montanha. Daquela montanha naquele lugar montanhoso e íngreme. Põe íngreme nisso. Não desejo que você experimente as subidas daquele vilarejo, que um dia sonhou em ser bucólico.

Sereno e perene como as nuvens que correm a toda velocidade pelos céus azuladamente estáticos, movidas pelos ventos que varrem até os ciscos dos cantinhos mais desencantados. No entanto, os flocos branquinhos não se moviam naquele momento. Cadê o vento? E a saudade? Uma ou outra conseguia significar uma imagem. Mas provavelmente era eu que não estava tão inspirado para imaginar. Será que é por isso que as pessoas assistem a televisão? Pegue um livro. Aquele livro. Não qualquer um. Aquele especificamente. Não outro. Não aquele que está aqui ou acolá. A colar na prova.

Mas as nuvens continuaram lá, significando algo que minha vã imaginação não conseguiu captar. Porém, outras por aí afora conseguiram intimar a sua descabida e incompreendida beleza natural. Quase chorei.

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