sábado, 13 de junho de 2009
Sopa no barco
Fome. Fome. Fome. Um monte de fome. E uma sopa aqui na frente. Está tão deliciosa. Mais deliciosa do que o dia de hoje? Duvide-o-dó! Apenas um complemento da noite anterior. Você nem imagina sobre o quê eu estou falando. E isso me faz gargalhar ainda mais aqui por dentro. A-ha-ha-ha-ha. Não me localizo neste espaço. Não me pertenço a isto. Estou em outra dimensão. Ouço ruídos de lá, mas não tão perceptíveis. Nem um pouco parecidos com aqueles que nós produzimos, mais em nossas cabeças devaneantes do que ali fisicamente falando. Mas que a energias estavam boas, ah, isso estavam. Para lá de de boas. Enquanto isso a sopa dá uma esfriada. Mas a fogueira está lá para alimentar nossas veias artísticas. Sim, porque é preciso ser artista, seja lá de que tipo for, para viver por estes percalços mil. Sabia que eu pensei que algumas palavras e combinações desta frase anterior aí jamais poderiam ser lidas por um gringo? Ela é só nossa! Todos os seus vértices e cheiros. Cores e formas. Cada traço é totalmente nosso. E aí que me dá mais vontade ainda de gargalhar. Por dentro. Por fora. Pelos lados. Pelas dimensões possíveis e imagináveis, mas definitivamente essenciais para um caráter menos falso de se viver. As coisas nem encontram mais lados por onde escapar. Estão todos entupidos, de outras e mais outras palavras, que correm em busca do seu cultuado prêmio, como se fossem milhares de espermatozóides em disparada para alcançar o segredo absoluto da vida e da morte. Agora o sono embarca... E levou o barco embora.
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