sexta-feira, 10 de julho de 2009

Sei lá...

Sei lá o que sou. Sei lá onde estou. Sei lá para o que sirvo. Só sei para onde eu vou e como estou. Esta é a verdade única e absoluta que eu persigo enquanto meus dedos parecem dois foguetes acelerados e sedentos por mais e mais produção. Ininterrupta. Sem parar. A manivela é cruel. É feroz. Ela nao para. Não para. Não para não. Será que alguém aguentará suas provocações? Suas provocações que desmbocam em tantas chagas que quase ninguém liga para tudo aquilo. Mal sabem que existe. Elas apenas desconfiam desta existência. Nunca poderão sentir a verdade que sinto aqui nesta hora e instante imediato e imediatista. Se ele pode, porque não podemos? Temos que meter as caras. Mesmo que haja uma cerca de arame farpadíssimo logo em frente. O mal gosto parte de mim sempre que vejo a fuga pelos cantos, como se as pessoas fossem ratos, como se fossem nada, como se fossem nada menos nada. Não sei até quando me transfiguro no eu que transparece para o mundo exterior. Não sei até que instante me confundo com o outro, que pode estar em todos os lados possíveis. Não sei que não sei tantas coisas, que ainda faltam ser descobertas. Caminhar no incerto. Disse Abujamra em uma de suas entrevistas. Pascal. Eu transcendo até mesmo o fígado e o bolor que trago aqui por dentro. Convide você mesmo a uma visita pelos escombros do passado e descobrirá que o medo está mais receoso do que imagina.
Imagine. A vida não seria possível se você não imaginasse que está vivo. Vivo onde? Vivo por quê? Vivo para quê? Que realidade? Para quê você imagina? Ou para que você vive diariamente? Consegue entender a profundidade de viver diariamente? De entender em que realidade ou realidades vive? Vivo. Balela. Todos estamos é muito bem mortos. Quer ressuscitar? Então venha agora! Sem pestanejar...

Escrever é um sono mais profundo do que a morte.

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