... é um termo utilizado para definir a capacidade de passar por experiências adversas sucessivas sem prejuízos para o desenvolvimento. Mesmo que os olhos ardam intensamente e a cabeça funcione como um turbilhão de imagens durante um sono agitado e molhadamente febril? Mesmo que a dor lancinante tome conta do corpo inteiro sem dar descanso nem mesmo para a mente? Mesmo que eu já não compreenda o que é estar num lugar sem poder desfrutar dos prazeres e valores inalienáveis ao espaço físico e psíquico?
Mesmo que a Igreja pregue uma missa para os moradores de rua na RUA em frente ao templo de hipocrisia? O absurdo estava tão perto de mim que parecia surrealmente assustador. Não queria acreditar no que via, ouvia, sentia. A infâmia da cena me fez desacreditar ainda mais nas instituições que promovem a culpa prometendo a redenção do espírito. Blá!
Os corpos correm e se agitam a minha volta e eu não posso tocá-los, nem mesmo em minha imaginação. E muito menos na imaginação daquela velhinha que sonha com a volta dos peixinhos vermelhos pulando em seu barco - num rio que atualmente é mais imundo do que a corja de políticos e politicagens.
Sereno e objetivo. Cruel e espantado. Debruçado e desabitado. Transformação e resiliência. Esta última terá que passar de termo para ação na vida diária e loucamente desbundada. Mas são apenas duas décadas de dores e desejos, o que você quer que eu faça?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário