As estrelas cintilavam mais do que qualquer diamante do mundo inteiro, mesmo naqueles lugares nunca antes inundados pelo ar humano. Quer dizer, elas cintilavam bastante sim, mas eu só fiz a comparação porque elas raramente brilham assim aqui na cidade grande. Ou a gente raramente as percebe sob olhares mais atentos e aguçados.
E enquanto a luz amarelada do poste tingia a rua com sua penumbra disfarçada de borrões indistintos, a pequena árvore sem galhos tremulava para lá e para cá naquela noite friorenta e despida. Tão despida quanto a própria árvore, que perdeu suas folhas algumas semanas antes. Não, não foi a natureza, foi a mão do homem mais uma vez. Tanta sabedoria e tanta vilania podem coexistir em uma espécie só?
Você não viu aquele pequeno tornado que se formou ali? Mas minha nossa! Isso nunca aconteceu por aqui! Pois é, minha filha. Mas você sabia que se ele atingisse aquele prédio gigantesco ali poderia causar uma destruição de até dois quilômetros?
...
E a árvorezinha continua a morrer de frio na alma a cada dia que fica ali sob a luz amarelada da lâmpada do poste.
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