Preciosa, me perguntaste de onde vêm estas minhas inspirações. Resolvi escrever sobre. Ou reescrever, pois este é um tema recorrente. Acredito que seja importante falar sem pestanejar a respeito das PESSOAS, que são obra-prima básica da minha eterna formação, principalmente nas subdivisões das pulsações do meu coração, pois é com ele que penso, me relaciono e ajo.
Um pensamento renitente me aparece mais uma vez, e não será a última: como é possível e indescritível haver um mundo em cada uma daquelas mentes e corpos a vagar por ali? Ah, como penso e repenso nisto. Na verdade, acho que reside aí a origem de todos os meus questionamentos.
Outro dia olhei os passos e formas de caminhar e, para minha surpresa, não encontrei nenhum sequer parecido um com o outro, nem mesmo aqueles passos preparados pelos mesmos pés e pernas. Uma moeda no valor de 1 real caiu no chão. Obrigado! Ela poderia não ter falado, eu poderia não ter notado a queda, aquela relação poderia não ter sido manifestada se a moeda não tivesse despencado. Se. Mas voltando e prosseguindo também.
As pessoas caminham para a finitude de suas indagações e anseios desesperados por calor, por energia solar, por vida delineada sem beiras. Elas correm e me fazem correr atrás para tentar [pobre de mim, que pretensão!] compreendê-las, destrinchar os mundos que as habitam, as corroem e fortalecem interiormente, que as motivam a madrugar todos os dias para o sonho diário da sobrevivência, a ter forças para seguir nadando contra a maré.
E num instante percebi como todos nós, com suas particularidades e mundos distintos, conseguimos formar um mesmo globo, que percorre toda a órbita das terras, mares, desertos, descampados inacabados, gotejados de murmúrios sedentos de amor.
Máquinas de emoções andantes e errantes, que não sabem de onde vieram nem para onde estão indo. É tudo tão incerto que não me atrevo a transpor este limiar. Paro por aqui, para emendar no próximo novelo de lã que encontrar pela frente... Respiro e ainda não me contenho dentro de mim. Ainda é pouco, ainda preciso de mais. Demais.
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