quinta-feira, 21 de maio de 2009

Fazia tempo que não estava...

... naquela biblioteca onde foram construídos diversos sonhos e alimentada a esperança de que as letras um dias seriam minhas melhores amigas. Amigas tão íntimas que elas não se desgrudam nem durante o sono, nem durante o amor. Por sinal, o amor é repleto de letras e símbolos. Letras não faladas. Letras não reveladas. Letras que ficam para sempre debaixo dos lencóis brancos. 

Cada livro e cada cheiro daquele lugar me levaram de novo para aquele mundo, para aquela época, para aqueles anos tão conturbados em minha estada neste mundo. É claro que o espaço passou por transformações, mas o clima continua o mesmo. As prateleiras estão repletas de lembranças e obras nem sempre em bom estado, algumas bem velhas mesmo, caindo aos pedaços. Até nisso elas conseguem nos dizer algo. 

Falando nisso, acho que conversei com tantos livros hoje... Conversei por meia hora. Meia hora? É, não sei ao certo. Acho que foi isso. Aquele mundo parecia tão perfeito, que eu senti vontade de ser só um livro numa estante. Já pensou em ser um livro? Que livro você seria? Talvez eu fosse Robinson Crusoé ou algum da série Os Karas, de Pedro Bandeira. Ou ainda um livro cujo protagonista fosse Hercule Poirot, o famoso detetive dos romances policiais da grande Agatha Christie. Quanta saudade. E sempre que falo de livros eu lembro daquela que me fez tomar gosto e sede por eles. 

Ô Milla querida. Te dedico. Para sempre em mim. 

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