Cutuque o estômago. E não sambe ainda. Não saia por aí dando voltas. Não ainda. Não agora. Se adiantasse esperar, os urubus atacariam mais cedo ou mais tarde. É mais provável que fosse mais cedo.
Amanse o gado. Amanse a alma. Amanse os céus. Amanse a fera. Amanse o sol. Amanse a lua fulgurante. Amanse o dia. A noite. O chão. A floresta. A coruja. O rato. Os olhos. Menos a cantoria. Esta tem que ser gritada e esperneada na cara de quem vive sem música. Como pode? Como deve? É proibido! E eu estou dizendo e registrando. Registrando para amanhã. Não para hoje. Nem para ontem. Sempre para amanhã.
Você viveu hoje! Ou não? Ou apenas passou pelas horas, minutos e segundos sem perceber que o dia era pra ser vivido hoje e não amanhã... Percebeu? Comeu? Roncou? Sofreu? Resvalou? Calou?
Silêncio. Até os pássaros fizeram o pacto. O pacto do silêncio ensurdecedor.
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