sábado, 27 de dezembro de 2008
2008 Retrô
A retrospectiva da vida deve ser feita ao longo dela, não em breves momentos. Acho que a memória, mesmo que ela vá rareando ao longo dos anos, é a maior detentora de tudo o que fizemos, de tudo o que fazemos, independente de como buscamos registrar todos os acontecimentos decorridos ao passar os dias, as semanas, os meses e os anos ao lado de pessoas amadas e amigos próximos e essenciais que nos ajudam a viver nesse mundo tão desconjuntado. De certa forma, fazemos um balanço diário de tudo o que vivemos. Por quê isso tem de ser feito em apenas uns dias que finalizam um período de tempo chamado de ano? Não, a nossa existência não é separada tão rigidamente assim. O tempo, como não canso de dizer, é apenas uma das ferramentas criada para nos localizarmos melhor em nossas idéias e realizações. Mas o tempo não-oficial é o que importa. É aquele que não pode ser capturado, nem se submete ao cabresto das indecisões. Ele é eterno, mesmo que não dure para sempre. A idéia de eternidade que temos é baseada, sobretudo, na religião. Então, quando a religião já não desempenha um papel fundamental em sua vida você passa a ser eterno? Talvez... Mas só para deixar um rápido registro: a impressão que tenho é que a cada ano, desses que a gente marca no calendário contando para que tenha muitos feriados durante a semana, sinto que há uma evolução nas conquistas e no crescimento intelecto-pessoal a cada instante, a cada respiração entrecortada e sobressaltada de tempos em tempos com surpresas muito caras a mim, almas amigas que me complementam e me decifram do pé a cabeça, cada uma a seu modo... Retrô finalizada a cada dia vivido. É uma reconstrução contínua que se passa aqui dentro. Até quando não sei.
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Um comentário:
Será o tempo real ou uma ilusão? Quanto de vida cabe num espaço de tempo? Ele viveu 70 anos ou morreu 70 anos? Você viveu o tempo ou tempo viveu você?
Rever nossos atos não é tarefa fácil, talvez seja por isso que só paramos para pensar em nossas vidas de tempos em tempos. E isso acontece normalmente na virada do ano porque alguém uma vez nos disse que devemos ter esperança. Bem que deveriamos guardá-la na caixa de pandora, esquecer números e datas e fazer do presente o motor da vida, a ação, sem promessas, pra já! Façamos de nossos atos um legado, sem fim. Hoje transformarei meus olhos numa lente, com a qual registrarei eternamente o sorriso dos meus amigos. Feliz ano novo meu querido!!! Amo você.
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