quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Ao vento

A tempestade e os campos verdejantes. Uma construção continuamento conturbada. O pôr-do-sol relanceado de êxtase no horizonte redesenhado por minhas mãos. As reticências nunca completadas e sempre sendentas de mais e mais pontos infindáveis. A velocidade imposta em mim por mim mesmo. A energia que parece nunca se extinguir, nem dar mostras disso.

O toque insano e incessante é menos terror do que amor.

O encontro de almas é vital para continuar persignando-se diante da igreja que já não representa nada além de uma arquitetura bonita e que traz boas lembranças. Sim, boas lembranças. As pessoas começam a chegar e encher o espaço sem necessariamente marcar presença, entende? O som, que eu não gosto, rola sem fazer diferença. Uma boa diferença é aquela respeitada em conjunto, mesmo que ele seja díspare.

Já estou cá comigo, feliz, alegre e serelepe, com pessoas muito queridas e pra sempre amadas e especialmente fundamentais em minha vida. Família escolhida mesmo que tenha o mesmo sangue que corre aqui em minhas veias. Desses só foram... A Amy faz parte da última trilha sonora do ano. Seu vozeirão invade os recantes encharcados de esperança de um ano passado esplêndido e um novo que promete.

Com a certeza de que tudo passa, eu sigo vivendo como se nada pudesse me cutucar como aquela urtiga que pinica e provoca um sensação de dor, mas logo alivia quando me deparo com aquela imensidão de rio, de água doce, que alimenta a minha alma... E as reticências. De novo as retincências...

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