O mês começa agora por aqui. A bodeação dos últimos dias talvez tenha sido acúmulo de devaneios não passados para o papel, não explicitados, não vomitados. A sensação de estranhamento de mim mesmo vai passando aos poucos. A adaptação vai acontecendo gradualmente. O elevador de estados de espírito ainda continua a descer e subir. Agora ele está no térreo. Estabilizado? Imagina. Daqui a pouco ele dá um forte impulso e sobe ao vigésimo andar. Talvez até mais.
A respiração está até mais tranqüila agora. Interessante isso. Muito interessante. Mas eu não quero esta abolição do trema; ele é tão charmoso. Essa inconseqüencia ainda vai nos trazer maus bocados. Escreva o que estou dizendo. E com trema, por favor. O sistema pode cair, e eu também. Mas está clara a diferença entre mim e ele, não é? Pergunto assim meio despreocupadamente, sem querer uma resposta de pronto. Você tem dois minutos para pensar.
Já reparou que as dores na coluna parecem nada quando a chuva cai lá fora e se está debaixo de um cobertor quentinho, assistindo um filme qualquer na TV à tarde. Se houver uma bela companhia ou uma companhia bela, como preferir, melhor ainda. Mas isso é tão romântico e não é isso o que me representa nos últimos dias. Mas algo consegue me representar completamente em alguns instantes ínfimos que seja?
O ritmo do frenesi que invadiu aquele homem ali passou desapercebido por todos. Ninguém o olhava mais, ele já não existia em carne e osso. Apenas seu nome permaneceu. Ah, a história. Quão leviana e instável ela é.
Ela se parece comigo e, talvez por isso, eu insisto em me jogar no seu rio escaldante de memórias.
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