segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Aquela pela qual eu morreria

Hoje eu estive com ela. Aquela mulher pela qual eu morreria sem pestanejar. Este foi o mesmo dia que consegui quebrar, com meu adorável e querido pai, a unha do meu pé esquerdo. Esquerdo?

O gelo arde em cima neste momento e eu já não consigo pensar de forma cronológica. Tudo é aleatório. Mas permaneço na missão que me prometi há algumas horas atrás: escrever que por ela eu morreria. Morreria sim! Mesmo com todas as unhas quebradas, mesmo com o coração rachado, mesmo que já não houvesse recomposição dos sentimentos amigos, aqui e agora com ela na praça eu me estenderia ao chão e ofereceria a ela a minha alma de bom grado. De bom e belíssimo grado. Pois se sou feliz hoje é porque tive um olhar de compreensão lá naqueles idos dos anos do início do século 20, quando eu pensava não haver felicidade em nenhum canto da face da Terra.

Está dormente agora. Chutei o gelo para longe. Mas sigo no caminho e na minha ilustre determinação de homenageá-la. Você pensa que é balela, não é? Volta a arder. Mas se eu tivesse a oportunidade neste momento, aqui e agora novamente, você ia ver se eu não seria capaz de cumprir o que digo. Não para parecer verdadeiro e fiel às minhas palavras, mas para ser fiel a mim mesmo e também à amizade pela qual sempre esperei e pela qual me sinto digno de ter vindo a esse mundo sem propósito e sem noção.

O sentido de viver é não ter sentido algum. Ponto final. A ferina e singela amiga está permanentemente fincada por aqui...

Nenhum comentário: