sábado, 10 de janeiro de 2009

Aquele domingo...

De repente, se lembrou das sensações que sentiu naquele domingo à tarde. Era um dia muito ensolarado de dois anos atrás. Os instrumentos ainda não tinham chegado. O sol batia com força e sem piedade sobre nossas cabeças. Todos ali eram estranhos e ao mesmo tempo conhecidos, irmãos de uma mesma realidade. A percussão começou dali alguns instantes. Os novos alunos estavam maravilhados com o som e com a oportunidade de sugerir um novo percurso e trajeto para as suas vidas. A emancipação de suas almas em torno da transformação do lugar. A arte. Os amigos. As coisas boas da vida. As memórias. Os ritmos. Os acordes. As batidas. As sonoridades. O colorido de tudo aquilo. A respiração descompassada. O alongamento que despertou uma surpresa no corpo e interferiu diretamente no pensamento. Ali era o começo. Do quê? Ele não sabia. Só sabia que era algo novo e digno de esperança e sucesso. Do abraço e receptividade plena alcançada naquele círculo, a lembrança permanece ainda em carne viva. Firme e forte e temperada de muitos sambas e afoxés. Batucadas. Venha. Continue. Pois a batucada ainda pulsa aqui em minhas veias.

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