terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Na rodoviária

Não estava cheia, mas tinha gente. A minha matéria-prima. O que me alimenta a cada dia, mesmo que eu não veja tanta gente todos os dias. Não canso de repetir e frisar o quanto sou somado e somo com todos eles. Todos aqueles abraços, beijos, carinhos, felicidade do reencontro.

A espera.

Todos caminham de lá para cá. Olham para um grande painel. Uns apreensivos. Outros nem tanto. Atrasos e mais atrasos.

A chegada.

Os abraços apertados possuídos de muita saudade. Um casal de velhinhos que mal se enxergam mas se sentem profundamente ligados. Os reencontros de vidas. Os olhares. A expectativa da chegada.

Um beijo apaixonado.

Durou alguns poucos segundos. Uns 30 talvez. Não cronometrei, né? Mas era um beijo de paixão, saudoso de tempos bonitos vividos juntos. Pessoas que nunca vi, mas que partilharam comigo minutos tão preciosos. Não só para eles. Desconfio que sejam muito mais importantes para mim.

O mais importante é o que se pensa de si. Que os 'sis' das outras pessoas sejam guiados de forma autônoma, sem interferências de tantos outros 'sis' tão atrapalhados e disfarçados de boas intenções. O inferno. Cheio está.

Nenhum comentário: