Quando dá uma coceirinha, você escreve até em pensamentos. Tenta ir guardando tudo. Para não deixar escapar nada, você cria diversas imagens, mas muitas vezes elas se confundem e formam outras tantas imagens. Muitas são desconexas. Outras, tão claras quanto a noite em dia de lua cheia. E outras ainda são tão morosas que parece um filme em câmera lenta. E mudo.
A energia elétrica se mostra tão indispensável que nem imaginamos como seria dormir todas as noites sem a TV ligada. Eu digo que é possível e confesso que experimentei esse estremecimento das bases outro dia desses. É inquietante. A chama da vela samba para lá e para cá e as idéias e emoções parecem seguir o mesmo ritmo, como se todos juntos se dispusessem a dançar a grande valsa da vida, que grita e esperneia por mais, mais e mais luz. A luz própria. Não a falsa.
Por hora não há mais oras e oras, nem pois e pois. Nem poréns. Eu preciso me mexer para minha mente voar?
Hoje meu pequeno grande orgulho completa dezoito aninhos. Ainda é minha criança e será para sempre, mesmo que tenha dez filhos. Parece que foi ontem que ela chorava porque foi obrigada a posar para uma foto com seus cachinhos tão cuidadosamente preparados por sua mãe. Nossa mãe. Nem preciso falar do seu brilho próprio e estonteante não é? Só lamento não ter nem um pouquinho de sua beleza. Pelo menos a externa, pois sei que a alegria de viver é uma coisa que já nasceu com a gente e levamos sempre para todos os cantos.
E, levada e espevitada, viverá tantos outros dezoitos anos, e tão bem quanto estes que já se foram...
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