sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A pachorra e o poema

Pachorra. Palavra engraçada não é? Como ela teve a pachorra? Pachorra é tão feminino, com todo o respeito, claro. Se fosse pachorro não teria a menor graça. Sonhos. Eles estão sendo mais exercitados ultimamente durante o sono. Liberdade. Paraíso. Inferno. Redenção. Romaria. Passarela. Lá vou eu de novo com a mania das palavras e o temporal.

Encontro desencontrado
Casamento descaracterizado
Normalidade incomum
Amor incondicional
Peleja eterna e descamada
Quarto do quartel rigidamente bobo
Beleza disfarçada num olhar
Bolas misturadas no ar
Balões de brigadeiros na mesa
Piquenique debaixo da árvore
Cheiro de café da vovó
Pedrinhas no caminho para o rio
Arbustos tão grandes quanto eu
Mãos dadas diante do luar
Lamacenta sensação de estar
De externar e ser
De materializar o que é sonhado
A noite veio alimentar
De forma definitiva e incomparável
As mentes enlaçadas umas nas outras
O amor.

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