sábado, 15 de novembro de 2008

Escritos

O indizível é dito por mim ou por ti?

Você já recebeu um telegrama?

E uma carta? É tão bom!

E o que eu escrevo? Estou totalmente em poder da minha sanidade e reflexões? Ou elas existem por si mesmas? É tão verídico que chego a imaginar que pode ser mentira. Mas é um enxame. Isso, um enxame. Encontrei a palavra certa. Finalmente.

Elas vão sendo traçadas como se tivessem vida própria, como se eu fosse apenas um instrumento, um objeto, um aparelho transmissor. Não, não estou falando de psicografia e coisas do tipo. Não mesmo. Até porque nem acredito nestas coisas. Eu acredito no agora e no presente recebido a cada segundo. De quem? De mim mesmo, oras bolas. Que me permito viver mandando a serenidade às favas.

O mundo é muito conturbado para se viver serenamente. E esta cidade? Há algum recanto de paz e concórdia? Creio que não. Esta cidade que tanto amo e está enraizada em mim desde os seus alicerces até o mais alto de seus edifícios opulentos e famigerados, ao mesmo tempo.

São Paulo e eu. Uma relação tramada para a posteridade dos séculos.

Sossegar. Contradizer. Adormecer. Alucinar.

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