quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Liberdade e Paraíso

A Liberdade é chegar ao Paraíso ou o Paraíso é chegar à Liberdade? A santidade está debaixo das minhas calças ou das suas? A auréola foi feita apenas para adornar ou tem um duplo sentido? A poluição está nas mentes ou ainda não conseguiu perfurá-las? As nomeações são importantes ou servem apenas para designar tediosos pódios e hierarquias?

A pergunta é uma forma de calar ou de espantar as explicações? Não o sei, por isso pergunto. Está claro que nada é tão clarividente a ponto de prever o futuro. Se ele é construído e desconstruído a cada dia, como podem ler minha mão e dizer que tropeçarei na esquina seguinte? Agora uma coisa é certa: eu sou capaz de ler o meu futuro. Você está rindo né? Não ria, eu aconselho. A eterna edificação do amanhã só depende de nós. As pessoas precisam perceber isso. Pra mim é uma coisa tão óbvia! E é preciso delatar também: muitas coisas nos impedem de enxergar. E a cegueira é triste.

A igreja.

As rimas podem ser feitas por todos. A poesia também. Bastam sensibilidade e atenção para o que é essencial. Aliás, o essencial e a essência são tão particulares que apenas uma mente pode descrever e instituir: isto é poesia para mim. A poesia nada mais é do que a descrição dos nossos ‘eus’. E não importa a forma com que ela seja expressa.

A irritação e mal-humor toldam os melhores sonhos e empobrecem o dia-a-dia, que não conseguem se tornar noite, pois é o preço que se paga: viver eternamente na intranqüilidade dos aflitos por nada. É tudo tão rápido e avassalador e nós, que somos uns bobos, achamos que está tudo tão lento. Nem a nossa justiça é lenta. Não é brincadeira. Falo sério.

O Brasil.

A mão esquerda tremelica. Está doida coitadinha. Eu hein!

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