sábado, 25 de outubro de 2008

O espirro

Ele foi atirado ao longe
E provocou risadas convulsivas
Mas não perdeu a eira nem beira
Ninguém desejou saúde

O fôlego também não se conteve em si
Buscou novas formas de respirar
Na cidade já não dava
A poluição imunda

Víbora jogou seu veneno ao relento
A Lua bronzeou ainda mais a pele negra linda
O céu destoou do que havia de mais azul
E a natureza impossível e bela como sempre

Sei lá como tudo se deu
Só sei que deu e foi bem dado
Registrado e marcado com vontade carnívora
E o balancear continua a mover o requebrado

O prolongamento do sol abriu novos olhares
Depois do arco-íris, tem a minha íris
A doarei para a humanidade enxergar melhor
Me doarei de alguma forma. Como?

O sobe e desce impaciente
As dicas demonstradas tão claramente
E as dúvidas sendo saciadas na alcova
E o orgasmo invadindo suas têmporas

A temperança do tempero temeroso
Do tempo que destampado
Tonteou, e o tino tirado de todos
Tateou o tamanco na travessa...

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