segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A coisa é agora!

Duas criancinhas brincando no escorregador do parquinho da pequena praça, pela manhã, quando o sol ainda nascia e espantava para longe o friozinho que gelava até os ossos. Malabarismos com pernas e pés e eis que a porta se abre, ninguém tropeça nem cai e todos seguem desabalando tudo ao redor.

Não quer permitir que o desespero e o labirinto com múltiplas saídas se apresentem como uma muralha a ser engolida. Não, ela será transposta e ainda há de rir na cara dela. É isso. Rir é preciso para não perder as estribeiras. Respire e siga.

Às vezes penso que gostaria de ser uma árvore onde o casal de apaixonados risca as iniciais do nome, dele e dela, dela e dela, dele e dele, deles e deles, delas e delas. Mas tudo é tão insanamente desavisado que me altera o estado natural de estar.

Um dia, as criancinhas fizeram a maior bagunça em casa porque foram deixadas sozinhas; peraltas e espertas como só elas sabem ser, pegaram garrafas de óleo de cozinha no armário e saíram espalhando seu líquido pelo chão, paredes, objetos, camas, travesseiros, tudo o que viam pela frente. Era uma espécie de brincadeira, não era maldade não; como se divertiram naquele dia. A mãe que não achou nada engraçado, mas é que os adultos desaprendem a rir rápido demais. Um escarcéu só.

Agora ela está mancando [não a mãe, nem as criancinhas, já falo de outro ser], porém espera e continua a caminhar acreditando que logo estará restabelecida e novinha em folha. Depois de amanhã, só. Mas o hoje é urgente e pra anteontem. Passado. Já foi o próximo... Salve a natureza, pois a coisa é agora!

Nenhum comentário: