sábado, 13 de setembro de 2008

Nação-essência

Flu. Flu. Flu. Nota musical enervada e em carne viva, mas tão iluminada quanto o prédio velho e cheio de estamiras ensaboadas de calmaria. O mar.

Indícios foram revelados no tatame onde caem os corpos e se levantam as inquietações veladas e cremadas no íntimo da profundeza dos oceanos. Nem todos sabem que estão lá, mas os que tomaram consciência sente doer tudo por dentro.

Pensar dói como uma chaga impiedosa. Viver provoca reações contidas na trajetória veloz da cadência estelar.

A destrambelhada da vida flui como o sangue nas veias recheadas de monumentais desconcertos. A posterioridade reprimida e cansada dos pesares fundiu-se ao ematoma produzido pelos escorregões inevitáveis.

A polícia não entrou, mas roubou o pão dormido jogado ao chão de espectros famintos e chamuscados pela beleza da vida.

Salve as mais incompreendidas vontades, pois são por elas que essa montanha-russa escamoteada de vida se apega e não desprende [já]mais.

O que os olhos não vêem, os ouvidos não ouvem.

Um comentário:

blah disse...

Microfones nunca mudos
Alto-faltantes nunca surdos


"A posterioridade reprimida e cansada dos pesares fundiu-se ao ematoma produzido pelos escorregões inevitáveis."

VIDA.



texto fantástico, corazon!
BELO BELO BELO

Zul poeta do mangue urbano ;)